Corra antes
que o raio o atinja
Ainda
dá tempo de admirar os restos da paisagem histórica da mata atlântica intacta
dos parques nacionais do Descobrimento e do Monte Pascoal, no sul da Bahia.
Ainda
dá tempo de ver o verde que cobre os campos gerais, as serras azuis do norte de
Minas, as nascentes dos grandes rios do Sudeste, embora alguns só existam nas
placas indicativas das pontes.
Ainda
dá tempo de apreciar o amarelo, o roxo e o branco dos ipês que pintam o cerrado
do Centro-Oeste na primavera e, com sorte, alguma vereda solitária de buritis.
Sim.
Antes que as mentes perversas de alguns, sob a visão míope das autoridades,
invadam tudo para produzir madeira para celulose, carvão para siderúrgica,
pastagens para gado, cana para álcool e soja para ração. Motivo? – Exportação!
Corra.
Visite e usufrua das praias tranquilas e boas para banho que ainda restam, beba das águas límpidas e frescas dos regatos que brotam de nossas montanhas, antes
que as barragens das hidrelétricas nos afoguem e visitantes incômodos pichem as
leis de preservação, cenário de convivência harmônica com o meio ambiente. A floresta
amazônica, há tempos e silenciosamente, vem sendo apagada do mapa. Antes tarde
do que nunca, mobilize-se, denuncie, grite. Selecione as urnas.
A Natureza sábia - leia-se DEUS -
não nos perdoará pela desarmonia da criação divina. Nossos guardiães
espirituais, que vêem tanto de cá quanto de lá do plano maior, nos lembram que os tempos da evolução do planeta já
chegaram. O progresso chega,
fisicamente, pela transformação natural na terra, água e ar e, moralmente, pela
depuração dos que nele vivem pela caridade, fraternidade e solidariedade. Progressos físicos e morais que caminham juntos, porque a perfeição da casa está em
relação com a do morador (A Gênese,
cap. XVIII).
Quem
sabe se o calor insuportável dos últimos dias, o frio arrepiante em pleno
verão, as enchentes que destroem casas, as doenças, os raios, as drogas, a
violência do trânsito com final trágico não são fruto do descumprimento de nossa
parte na mudança do mundo? Que cada um
faça a sua.