Minha família é um resgate. É minha vida
Entender a relação
entre pais, filhos, irmãos e amigos está muito acima de questões sócio-culturais,
de origens étnicas, genéticas, geopolíticas. Não busque respostas para as
divergências entre você e o seu próximo somente nas pesquisas científicas, em
crendices e na convivência do seu dia-a-dia. Sabe por quê? Elas estão muito
acima, no entendimento da vida humana frente ao mundo espiritual que detém toda
nossa história de amor e ódio, alegria e tristeza, queiramos ou não. Vejamos situações
comuns.
Você acha que seus pais e seus
irmãos não estão lhe dando a atenção que merece. Não o apóiam e agem como se
fossem seus inimigos. Estão sempre em discussão. O porquê das brigas e como começam você não
sabe. É sempre assim: discutem por tratamento privilegiado, ciúme, herança,
dinheiro e ninharias, enfim, por bens materiais que acredita serem muito
importantes, mas que não ajuda a harmonia familiar e a felicidade de ninguém.
Sabemos que rusgas e brigas entre
membros da mesma família costumam ser mais cruéis do que entre estranhos. Alguns
preferem mesmo a convivência com os de fora de casa, chegando a dizer: “Paulo é
como meu irmão. Considero-o mais do que a Francisco, o primogênito lá de casa”.
É verdade. Ainda bem que há gente com quem se
pode contar, quando nos achamos perdidos. Entre pedras e espinhos também nascem
flores. Na falta de um bom entendimento em casa, pode chegar o consolo de
pessoas estranhas, nossos “verdadeiros amigos”.
Não raro, no próprio aconchego do
lar, alguém pode encontrar também um anjo bom, um irmão que ajuda e divide
momentos de carinho e afeição. Quem são
esses amigos estranhos, esse anjo na família você também não sabe.
No entanto, lembre-se que estes que
dividem com você o espaço da sua casa, assim como o estranho amigo que o
consola, podem ter sido seus amigos de outros tempos, quando talvez os tenha
maltratado, quem sabe, com crueldade. Não duvide. Vocês estão juntos novamente,
cumprindo uma nova oportunidade de retratação e entendimento, por misericórdia
divina.
Saiba que somos seres individuais,
com livre arbítrio, cada um respondendo por seu destino que será melhor ou pior
se contribuirmos para isso. Que viemos de um passado distante, onde já fomos
homens, mulheres, pais de nossos pais, inimigos de nossos irmãos, que também usufruímos
de antigas e boas amizades com os que hoje nos ajudam a manter o equilíbrio do
lar. Retornamos aqui para resgatar débitos de uns para com os outros.
Porque há necessidade de resgate junto
ao Criador de todas as nossas ações, de nosso aprendizado na escola da vida
humana. Cada um de nós, quando der o
último suspiro, vai ter diante de si uma TV de última geração, com som sofisticado
de um home theater, retratando todas
as mazelas causadas a pais, irmãos, àquele ente mais humilde e infeliz que
conviveu conosco e não conseguiu sensibilizar-nos para o objetivo de nossas
inúmeras idas e vindas entre a Terra e outros mundos.
Será de arrepiar!, nos alertam os
dirigentes no GAME*. O filme da vida passada será mostrado em cores, a todos -
pretos, brancos, ricos, pobres, padres, pastores, pais e mães-de-santo - pois
somos muito mais que devedores. Alguns dirão: E os santos? Não os temos aqui na
Terra. Talvez eles estejam, com certeza, em planetas mais adiantados que o
nosso.
É estranha esta diversidade, não é?
A explicação para este disparate familiar tem somente uma resposta: reajustes
familiares pela lei divina de Causa e Efeito ou, se preferirem, pela lei
física, a terceira lei de Newton, da Ação e Reação. É a razão do retorno espiritual, da
reencarnação. Se não houvesse conflito fruto de vidas passadas não haveria
necessidade da reencarnação, não estaríamos aqui agora.
Se não consertamos, o mais rápido
possível, antigas desavenças, estragos que bloqueiam a harmonização, o perdão e
o aprendizado, vamos retornar. O problema é que da próxima vez as oportunidades
podem ser diferentes e as condições talvez piores. (Saiba Viver / R. Estevam)
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*GAME - Grupo de Atendimento Médico-Espiritual (Samambaia/DF)