terça-feira, 20 de maio de 2014



Mortifique o espírito e não 

o veículo, seu corpo

Domine seus instintos, dobre seu orgulho, mortifique seu espírito, cultivando a humildade e seu amor próprio, mas não machuque, não destrua o seu corpo, esta máquina maravilhosa projetada pelo Criador especialmente para você fazer bom uso.


Este veículo, como os automóveis, tem um tempo de vida longa, desde que o piloto (você, motorista imortal!) saiba bem conduzi-lo, com cuidado, carinho, pois ele também corre risco de sofrer pane e apagar nas subidas íngremes da estrada da vida. Você sabe bem o que diz o manual técnico das leis divinas, não sabe?

Na verdade, o projeto deste veículo maravilhoso, seu corpo, teve sua participação, quando, antes de nascer, ainda volitava pelo espaço sideral como uma alma penada. Deram-lhe nova oportunidade para conduzir uma máquina diferente daquela que capotou, embriagado, na última curva de sua existência passada.  Termos de garantia firmados, promessa de direção com responsabilidade fechados, uma nova habilitação lhe foi dada.

Você abusou da confiança, cometeu excessos e o veículo maravilhoso que seu espírito habitava teve perda total, antes mesmo do cumprimento do tempo de vida útil. Mas havia uma garantia divina de retorno, se lembra?

E voltou mais uma vez para a escola de reabilitação moral do mundo, não com uma máquina potente e admirável como a que destruiu. O atual veículo, embora com algumas falhas, é o que lhe coube, após inúmeras reprovações. Mas mesmo assim,  volta a pisar no acelerador da vaidade, ultrapassa a impunidade, embriaga-se no vício irresponsável, brincando com as leis humanas e divinas.

Esta máquina que te serve de guarida no momento tem falhas que você não ignora e não compreende. É de graça, um empréstimo. Querer, a qualquer preço, corrigir o que considera erro divino de algo que não é seu é uma lástima. Cometerá infrações do tipo das manchetes do dia-a-dia:

Aos 10 anos, crianças já colocam piercings no nariz, boca e língua. Fazem tatuagens, correndo sérios riscos de infecção de hepatite e outros males, para seguir uma moda jovem e parecer aos outros que é diferente.  Na antiguidade, escravos e os bois eram marcados com ferro em brasa com as iniciais do senhor de engenho, para garantir a propriedade. Hoje o boi não é mais ferrado e nem furam os seus chifres para inserir argolas. Usam-se chips com código de barra. A evolução chegou ao campo.

Mas não chegou até você. Sabe quem criou esta prática e com que finalidade? Advertem-nos, lá no Game*, que isto é uma criação sombria do Umbral tenebroso, para monitorar seguidores. Outros utilizam estes apetrechos nas partes íntimas.  Há até cirurgia de estreitamento dos pés para adequá-los ao sapato de salto e possibilitar mais elegância à mulher. Os riscos são iminentes. Fazem mudanças absurdas para seguir a moda, a novela, buscando uma beleza fictícia.

Com certeza, Leonardo da Vinci ficaria horrorizado se visse retocarem uma de suas maravilhas, o seu colossal Davi, como têm feito com o corpo humano que não é nosso, mas obra divina. É razoável que haja cirurgias para reequilíbrio da saúde e da autoestima.

No entanto, não é isso que se busca. Outro abuso é daqueles que sobem, de joelhos, escadarias imensas, causando ferimentos graves nos frágeis membros dos desesperados. Ou então, as arriscadas dietas e jejuns que castigam o estômago e o reequilíbrio do organismo, seguindo arcaicas práticas de promessas para livrar dores físicas. Não raciocinam que essas dores estão é na alma e causa de antigas transgressões à lei divina em algum dos sete pecados – luxúria, gula, avareza, ira, soberba, vaidade e preguiça.

Será que o Cristo aprovaria isso? Talvez lhe digam que sim, mas esta não é a melhor forma de agradecimento. Deus “não passará a mão na cabeça” de ninguém por qualquer erro que seja. Suas leis já estão aí sancionadas e para serem cumpridas. Você que destrói seus veículos talvez volte para uma nova experiência, com marcas graves de ferro em brasa em suas mãos, na boca, com dores internas horríveis, desconhecidas pela medicina terrestre.

De qualquer forma, não desespere se já cometeu o erro. Todos temos uma segunda chance. Mas não continue a macular o que não construiu, estas fantásticas máquinas criadas pelo Criador para proteger sua vida e seu progresso moral. A qualquer momento, Ele, o dono, pode pedi-la de volta para ajuste de contas. Esta noite, por exemplo. (Saiba Viver – R. Estevam)

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*Game - Grupo de Atendimento Médico-Espiritual (Samambaia/DF)
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